sexta-feira, 17 de julho de 2009

O que você faria num paraíso sem um amor?


Eu ficaria na beira do mar, tomando água de coco, esperando um navio passar.
Faria uma fogueira, um letreiro na areia, qualquer coisa que fosse pra eu sinalizar.
Não iria fazer que nem o Tom Hanks que imaginou a bola Wilson como sendo seu amigo, até porque eu precisaria de um amor, e que não fosse proibido.
Alguém que pudesse realmente ficar comigo!

Mesmo o tal navio não passando nunca, eu não sairia da beira do mar.
De tanto tomar Sol, já com a cabeça maluca, poderia começar ouvir uma sereia a cantar um canto envolvente que vem hipnotizar as pessoas que estiverem a certos raios de lá.
Até os marinheiros ela consegue atrair.
No radar lá da marinha, o navio, já vai sumir!

Depois que estivesse sob o encanto da sereia, finalmente me levantaria daquela areia.
Adentraria ao mar, mesmo tendo o risco deu me afogar!
Não pensaria em mais nada, pois pra mim, era o meu amor que estaria a me chamar.
Eu iria desaparecer nas águas de yemanjá, onde para sempre o meu corpo iria descasar junto com as lembranças do meu amor que eu fui lá buscar.

Morreu um sonhador.
Morreu pensando em seu amor.
A sereia aproveitou e com o canto enfeitiçou a cabeça de um homem que não quis ficar sozinho,
que nem um passarinho querendo voltar pro seu ninho.
Mas na realidade eu não queria ficar lá, mesmo não existindo nada igual àquele lugar.
Tinha uma lagoa azul. Igual ao filme da TV.
Só que sem o meu amor, não tinha nada pra fazer.

Melhor que seja assim.
Esse fim foi bom pra mim.
Meu amor não estava aqui.
Então, tchau! Eu já parti.

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