quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Quem poderá nos defender?





Hoje, ao que parece, os três poderes da União estão mais harmônicos do que nunca. Com o atual presidente, parece que o que chega ao congresso é aprovado com folga de votos nas duas casas do poder legislativo, abrindo caminhos para que o executivo possa fazer o que quiser e da forma que quiser também. O judiciário também vem fazendo sua parte, pois, como “uma mão lava a outra”, não podemos esquecer daquela decisão do STF em manter Renan Calheiros na chefia do Senado Federal no ano passado, já que foi ele um dos maiores responsáveis pelas aprovações das medidas tomadas pelo governo Temer.
É importante salientar que o Brasil está sendo governado por um governo impopular, que não chegou ao poder através da vontade do povo, mas sim, através de um impeachment. Dessa forma, muitas pessoas começaram a atribuir o termo “golpista” ao governo de Michel Temer. Grande parte dos brasileiros passou a acreditar que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi fruto de um golpe muito bem arquitetado.
            Nesse contexto, podemos observar o país tomando um rumo bem diferente daquele que vinha seguindo com o governo do PT. Depois que o governo do PMDB assumiu o comando da nação, já tivemos uma reforma na previdência, medida provisória alterando o Ensino Médio, PEC congelando os gastos públicos, entre outras medidas que não foram apresentadas como plano de governo.
            Em razão de tudo isso, o brasileiro precisa ficar muito atento a tudo que acontece na política do país. Já se falou em “estancar a ‘sangria’ da Lava jato”, e, no último dia 15, o STF autorizou a nomeação de Moreira Franco – citado 34 vezes na operação Lava jato – como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República com direito a foro privilegiado, só podendo ser julgado pelo próprio STF. STF que vem fazendo muito pelo Senado (agora no comando de Eurico Oliveira que é do mesmo partido de Michel Temer) que, por sua vez, vem fazendo muito pelo atual presidente da república. Resta saber quem vai fazer algo de bom pelo povo.