sábado, 27 de abril de 2013

Desvalorização profissional



As pessoas costumam falar que a Educação é a base de um país desenvolvido, que é o que lhe dá sustentação para que alcance o status de país de primeiro mundo. Infelizmente, o Brasil é um país em que apenas artistas e esportitas são valorizados profissionalmente. Se observarmos as classes de trabalhadores que existem em nosso país, o profissional da Educação é uma das profissões mais desvalorizadas.
O sindicato dos professores de Pernambuco (Sinpro) se reuniu no dia 22.04 com o sindicato dos donos de estabelecimentos de ensino de Pernambuco (Sinepe) para dar início às negociações da campanha salarial 2013. Na ocasião, o Sindicato Pratonal apresentou propostas onde alguns direitos dos professores seriam retirados. Um dos direitos que o Sinepe quer retirar dos professores é o da estabilidade provisória durante período de campanha reivindicatória  Somente a tentativa de retirar esse direito de estabilidade provisória mostra que o Sinepe não dá o mínimo apoio aos professores na busca de melhorias na educação. Mesmo com essa direito previsto por lei, um professor da rede particular, por exemplo, quando entrar em greve, já está cometendo uma ação delicada. Isso porque ele começa ser visto com maus olhos pelos donos da escola que trabalha. Então, para quem é professor, essa tentativa de tirar a estabilidade provisória durante período de campanha reivindicatória, além de um atentado contra o direito do profissional, busca fazer, de um professor, um profissional submisso e sem direito a buscar melhorias de condições de trabalho.
Todas as propostas levantadas pelo Sindicato dos Donos de Estabelecimentos de Ensino do Estado de Pernambuco mostram que a preocupação com uma educação de qualidade não interessa a ninguém. Hoje, o professor é um dos profissionais mais desvalorizados no mercado de trabalho. O professor carrega nos ombros a responsabilidade de fazer a diferença no país, contudo carrega no bolso um dos menores salários dos profissionais de nível superior.




É por esse tipo de coisa que, a cada ano que passa, o número de pessoas que querem ser um professor, um educador diminui muito. Só o que se vê são desvantagens. Professores fazendo terapias, tomando remédios controlados, desempenhando papéis de pai e mãe, e muitas outras coisas mais que vão além das obrigações de quem trabalha na área. O mais revoltante é ter que aguentar tudo calado enquanto o Sinepe acha pouco tudo que acontece e tenta subtrair nossos direitos.