domingo, 24 de julho de 2016

A cidade não para.




Muito tem se falado a respeito da urbanização da sociedade contemporânea. O problema de mobilidade nas grandes cidades vem crescendo devido à ocupação urbana desorganizada e à centralização de atividades econômicas. A administração pública busca alternativas para resolver o problema de mobilidade, porém o crescimento desordenado das cidades torna isso um grande desafio.
                A falta de planejamento é um dos problemas que dificultam a ocupação ordenada das cidades. Entretanto, não basta que haja apenas um bom planejamento. Os projetos precisam ser executados. Na cidade de São Lourenço da Mata-PE, o governo do estado e empresas privadas estavam construindo a “cidade da copa” que atrairia um pouco mais o interesse das pessoas para fora da capital, porém o projeto não teve muito sucesso e muitos empreendimentos só ficaram no papel.
                É importante lembrar que existem várias alternativas para enfrentar o problema do trânsito nas cidades. O incentivo ao uso de transportes públicos, como ônibus e metrô, assim como o aumento do número de ciclovias poderiam fazer com que as pessoas pudessem deixar seus carros em casa, diminuindo o número de veículos nas ruas e, consequentemente, deixariam o trânsito  fluir com mais facilidade.
                Também é necessário citar a importância da defesa social que também enfrenta desafios resultantes do constante crescimento das cidades. Com um crescimento desordenado, pode haver o aumento da violência, pois chega um momento em que os centros urbanos não dão conta de oferecer oportunidade de moradia e trabalho para todos em que neles estão.
                Em face do que foi dito, a urbanização da sociedade contemporânea enfrenta problemas e desafios, consoante ao que Chico Science cantava: “A cidade não para. A cidade só cresce”. O importante é que a administração pública saiba trabalhar as alternativas que existem para continuar propiciando a mobilidade urbana.

domingo, 15 de maio de 2016

4. Todos se dizem a favor da democracia!




Está claro que o povo brasileiro continuará um povo divido por causa do afastamento da Presidente da República, Dilma Rousseff. Desde quando Dilma ganhou as eleições de 2014, foram muitos os pedidos de impeachment que chegaram às mãos de Eduardo Cunha e o Brasil passou a ter uma onda de protestos pró e contra o governo do PT. Diante disso, se o Brasil passa por uma crise política, o que impede o povo se unir para buscar o melhor para o país?
Talvez, o que esteja faltando seja a vontade de união partir do próprio povo. O que se vê são pessoas exaltadas, discutindo, se agredindo verbal e fisicamente nas ruas. A internet passou a ser um campo de batalhas ideológicas onde, na verdade, ninguém se respeita. As pessoas esquecem que, independente de estar certo ou errado, “A” tem o direito de pensar diferente de “B”. É aí que está o X da questão: o voto é um ato democrático que dá o direito de cada um ir às urnas e escolher aquele candidato que achar melhor para o país. Então, por que as pessoas não se unem para cobrar novas eleições em vez de pedir o impeachment? Essa pergunta é levantada com base nas seguintes constatações:
  1. Muitas pessoas são totalmente contra o governo do PT.
  2. Muitas pessoas que votaram no PT estão insatisfeitas com o seu governo.
  3. Muitos que queriam a saída da Presidente Dilma também não queriam Michel Temer como Presidente do país.
  4. Todos se dizem a favor da democracia!
Então, levando em conta esses quatro pontos (principalmente o item 4), por que as pessoas não se unem, não vão às ruas, todos contra a corrupção, para exigirem novas eleições em vez de um impeachment?
Infelizmente, não há como negar que a democracia está gravemente ferida, pois, quando um candidato é eleito pelo povo, o povo é quem deveria tirá-lo do poder e escolher outro para o lugar. Percebe-se que uma boa parte das pessoas está “soltando fogos” pelo afastamento da Presidente, porém, outra parte não. E também não é certo que as pessoas não queiram novas eleições com medo de que o PT vença mais uma vez, visto que o certo é o candidato da maioria assumir o poder, mesmo que a minoria fique insatisfeita. No dia que o voto da maioria não der poder ao candidato que ela escolheu, o Brasil não será mais um Estado democrático.