segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Liberdade de expressão ou trivialidade coletiva?



Rafinha Bastos, um dos apresentadores do programa CQC, foi afastado do programa. O motivo do seu afastamento foi uma piada infeliz que o humorista teria feito com Wanessa Camargo: “Eu comeria ela e o bebê”. A atitude tomada pela emissora não foi vista com bons olhos por muitos que assistem ao programa. Muitos fãs do apresentador demonstraram sua insatisfação pelo twitter, mandando muitas mensagens, por causa do seu afastamento do programa.
Todos nós sabemos que, com o passar do tempo, as coisas mudam, e entre essas muitas coisas que mudam estão os valores de cada pessoa, da família, da sociedade. Mas até que ponto essas transformações dos valores podem ser aceitas?
Lembro que, na minha infância, os programas de humor que assistia eram O Chaves, A Praça é Nossa, entre outros, e esses programas faziam um humor sem a banalidade que, hoje em dia, parece essencial para uma coisa ter graça. Programas como o Pânico na TV passaram a ter as maiores audiências da televisão brasileira usando o que o Brasil mais tem para mostrar para todo o mundo: bundas! Os quadros mais assistidos são os que mulheres estão quase nuas e os que alguém está se machucando. Talvez, pessoas que idealizam e produzem tais quadros esquecem qual é o verdadeiro papel do humor, e que muitos dos telespectadores que estão assistindo ao programa são jovens em processo de formação intelectual e moral.
Muitas pessoas chamaram de puritana a ação da BAND em cima do apresentador do CQC. O que se pode observar, é que o povo brasileiro não tem vocação para ser um povo puritano. Eu também não tenho a mínima vocação para isso. Entretanto, banalizar tudo que for transmitido pela televisão ou por outros meios de comunicação poderá causar males irreversíveis. Afinal, o que uma criança pode virar se crescer ouvindo na TV piadas como a que Rafinha Bastos teria contado? Tudo tem de ser levado em conta na hora de mandar alguma coisa para o ar na tela das pessoas, como o público alvo e horário, por exemplo. Tudo que passa na televisão é imitado pelos adolescentes em todos os lugares. E me desculpem as pessoas que não concordaram com as coisas que eu escrevi neste texto, mas, se a banalização passar a reger os valores de uma época, eu vou ser visto, infelizmente, como antiquado.

Um comentário:

  1. Ta certíssimo cara...é preciso ter um limite....não sou o politicamente correto e muito menos puritano...mas o cara dizer q comia a mãe e o bb foi mesmo muito sem noção...pra tudo tem limite, pegou pesado de mais o Rafinha....até na "escrotagem" tem que saber com quem se brinca, quando e onde...um abraço Cara, belo post!

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