O Brasil está
passando por um momento histórico. Os caminhoneiros, responsáveis pelo
transporte da maioria das mercadorias do país, decidiram parar as atividades em
um ato de protesto contra o valor do diesel. Isso acabou colocando o governo
federal contra a parede. O governo diz que fechou um acordo com as lideranças
nacionais representativas dos caminhoneiros, atendendo a 12 reivindicações prioritárias
que estavam sendo feitas por parte dos trabalhadores. Ainda segundo o governo,
depois de fechar o tal acordo, uma minoria extremista de manifestantes não vem
cumprindo a sua parte e, com isso, vem causando danos ao povo brasileiro por
falta de abastecimento.
Contrariamente
ao que foi falado pelo presidente Michel Temer, os caminhoneiros afirmam que
não houve acordo nenhum e que não é verdade que apenas uma minoria extremista
continua com os protestos pelo país. Eles garantem que o movimento continua com
toda a força e com o apoio integral de todos que fazem parte da categoria.
Diante disso, povo
começa a desconfiar do governo, e isso não é por acaso. Muitos já entenderam
que o presidente sempre chama de minoria aqueles que não aprovam suas medidas e
sempre diz que a maioria as aprova (que não bate com o que se vê por aí). Temos como exemplo disso, um comercial que passa na TV apresentando o novo ensino médio.
No comercial, é dito que a reforma do ensino médio tem a aprovação de 72%
dos brasileiros (a tal maioria de Michel Temer). Mas quem são esses 72% dos brasileiros que ninguém vê?
É por essa
razão que muitos não caem mais nessa estratégia que o atual presidente adotou
para tentar enfraquecer aqueles que são contrários ao seu governo. Não adianta
divulgar dados falsos, notícias falsas. O povo está nas ruas e está vendo que
não é apenas uma minoria dos caminhoneiros que continuam com o protesto. Aliás,
os caminhoneiros ganharam o apoio de outras categorias como os motoristas de
transporte escolar, motoboys e pescadores.
Outra coisa
que chama a atenção é o ministro Carlos Marun preocupado com os tributos
arrecadados pelos impostos que os caminhoneiros querem deixar de pagar. Bom... Nesse
caso voltam àquelas velhas questões da reforma política que nunca é feita, dos
altos salários e dos benefícios e regalias que os políticos continuam recebendo
até hoje. Para o ministro da secretaria do governo, essas parecem não serem questões de responsabilidade
administrativa que precisam ser resolvidas.
Infelizmente
vivemos em país onde o povo é explorado, paga altos impostos para cobrir
rombos financeiros não causados por ele, e não recebe o respeito, tratamento e
dignidade que são lhe são devidos. E ainda somos jogados uns contra os outros
com falsas notícias veiculadas por uma mídia corporativista comprada e
financiada com o dinheiro público.