O futebol é um
dos esportes mais admirados no mundo. Aqui, por exemplo, é a preferência
nacional. Isso não era para ser um problema, porém, acompanhado os noticiários a
cada final de uma rodada esportiva, aumenta-se a certeza de que esse não é mais
um esporte para pessoas de bem saírem de casa a fim de ir a um campo torcer por
seu time.
Na última
sexta-feira (02/05), um torcedor que estava saindo do campo do Santa Cruz no Arruda,
foi atingido na cabeça por um vaso sanitário atirado de uma das arquibancada
pelos torcedores Santa. Mais um que perde a vida por conta desse esporte sangrento.
Mais uma morte que só não será esquecida pela família do rapaz, pois, para o
clube, e para os amantes do futebol, a vida segue. Como diria o Pelé numa hora
dessas: “Vamos esquecer toda essa confusão que está
acontecendo no Brasil e vamos pensar que a seleção brasileira é o nosso país, é
o nosso sangue. Não vamos vaiar a seleção. Vamos apoiar até o final”.
A morte rapaz
não aconteceu só por ele fazer parte de torcida organizada. Isso é apenas um
fator que contribui muito para uma tragédia. Mas, é comum pessoas inocentes, que
não têm nada a ver com time ou torcida, morrerem ao redor dos estádios. A
polícia fica obrigada a deixar de proteger a população para escoltar vândalos
fantasiados de torcedores. Contudo, essa prática da PM não impede as badernas causadas
por esses bandidos. Os arredores de campos de futebol se transformam em zonas
de batalha, e qualquer cidadão de bem que estiver passando por perto pode levar
um tiro na cabeça.
Até quando
isso vai durar? Pelo andar da carroça, para sempre! A estratégia adotada por
aqueles que ganham dinheiro banhado de sangue é deixar o tempo passar, a poeira
baixar e continuar como se nada tivesse acontecido, até que venha outra morte,
e o recomeço de um novo ciclo de esquecimento. Tudo acompanhado de camarote por
uma presidente cara de pau que, mesmo com a situação fora do controle, se acha
a personificação da competência e fica com aquela cara de satisfação sem conseguir
fechar os dentes!